Empresárias contam como montaram a empresa dentro de casa

Postado por Tonny André sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Fabiana Pragier, CENTURY 21

MENOS DESPESAS >>> Ao instalar a franquia na própria casa, a empresária diminuiu seus custos fixos: passou a pagar apenas um condomínio e não tem despesa com transporte FRANQUIA >>> A opção pela franquia home based permitiu à empresária ter um website integrado com todos os franqueados internacionais, compartilhar as campanhas publicitárias promovidas pela rede e trocar experiência com as 26 imobiliárias Century 21 distribuídas pelo Brasil SOB MEDIDA >>> O prédio, construído sob medida para abrigar escritório e residência em um único espaço, é equipado com salas de reuniões, recepção corporativa e área de lazer. O espaço, totalmente integrado, permite que a empresária e o marido e sócio, Leonardus Vrinssen, estejam juntos todo o dia, sem comprometer a rotina de trabalho dos dois O aumento do número de empresas que funcionam em casa nos últimos tempos aumentou tanto que algumas incorporadoras passaram a construir edifícios híbridos, que combinam residência e escritório. Há três meses, a administradora Fabiana Pragier, de 31 anos, trocou uma casa na Serra da Cantareira, em São Paulo, por um apartamento de 90 metros quadrados com esse perfil no bairro dos Jardins. Instalou sua franquia do ramo imobiliário, a Century 21, no escritório de decoração espartana. “Tenho dois funcionários, movimento negócios de até R$ 3 milhões por mês e ainda posso almoçar em casa com meu marido”, afirma Fabiana. “Não troco essa vida por nada.”





Montar um negócio no doce lar é o sonho de muita gente. Elas conseguiram
Por Katia Simões
O relógio marca 10 horas de uma manhã chuvosa em São Paulo. No noticiário, mais um recorde na capital paulista: 150 quilômetros de congestionamento. Apesar do caos, a designer Vivian Suppa, 52 anos, não mudou sua rotina. Acordou, caprichou no visual, tomou um bom café e está mais disposta do que nunca para mais um dia de trabalho. Bem-humorada, responde a dezenas de e-mails e negocia o prazo de uma ilustração. Tudo sem sair de casa. Seu birô de projetos gráficos funciona no espaço de uma suíte que ela transformou em escritório. São 18 metros quadrados preparados para atender às necessidades de uma empresa moderna, conectada com o mundo, que tem clientes no Brasil e na França.

Vivian Suppa, SUPPA DESIGN
ATUALIZAÇÃO >>> Livros, catálogos e revistas estrangeiras, além de pelo menos duas viagens por ano ao exterior, ajudam a designer a se atualizar com as últimas tendências na área de ilustração no mundo

APARÊNCIA IMPECÁVEL >>> Cumprir rotinas diárias é um dos principais segredos para se adquirir disciplina no trabalho e não ter a sensação de que todo dia é feriado. A empresária sempre escolhe com cuidado sua roupa e capricha na maquiagem, como se fosse para o escritório. Há muito tempo deixou de lado o hábito de tomar o café da manhã de pijama

CONTABILIDADE >>> Apesar de as contas de água, luz e telefone serem comuns para a casa e o ateliê, as entradas e saídas de capital são controladas, para que parte do faturamento da empresa seja reinvestido no negócio

Da bancada com dezenas de lápis coloridos e muito papel saíram projetos premiados, como o livro Contos de Grimm, de Walcyr Carrasco, vencedor do Prêmio Jabuti 2007. É ali, em meio a quadros e bonecos assinados por ela, que Vivian dá expediente. “Comecei a trabalhar em casa quando era membro da Maison des Artistes, em Paris. Não me vejo presa no trânsito e escrava de horários”, diz. O modelo de negócio já tem mais de dez anos e não incomoda a clientela. A ilustradora faz trabalhos para boa parte das editoras brasileiras, além de agências de publicidade como DM9, África e WBrasil, que lhe garantem um faturamento mensal de R$ 22 mil. Sem funcionários, é a própria Vivian quem marca as reuniões e atende o telefone. Na falta dela, uma secretária eletrônica se encarrega dos recados. A empreendedora revela que o mais difícil foi convencer os filhos e a diarista de que existia uma “porta imaginária” entre a sala de jantar e o escritório. “Vez ou outra, eles ainda dão uma escorregada, mas de um modo geral tudo funciona bem”, afirma. “Só vejo vantagens em trabalhar em casa.”


MUITA DISCIPLINA
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (a última foi realizada em 2007) revelam que, dos 19,2 milhões de brasileiros que trabalham por conta própria, 46% mantêm o negócio no próprio domicílio, onde moravam anteriormente ou no sítio. Nos Estados Unidos, 4,2 milhões de pessoas trabalham em casa, um aumento de 23% em relação a 1990 e de quase 100% em relação a 1980, conforme levantamento feito pela agência de relações públicas Burson-Marsteller. “Essa é uma tendência que se solidifica a cada dia”, afirma Francisco Barone, coordenador do Programa de Empreendedorismo da Ebape/FGV-RJ. “Nos anos 1990, consultores chegaram a prever que a maioria das pessoas já estaria hoje fora dos escritórios. Isso ainda não aconteceu, mas os avanços tecnológicos facilitam cada vez mais a tomada de decisão de transformar a casa em local de trabalho.”

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Seis negócios para você montar em casaFoi graças à tecnologia que a bióloga Sandra Figueira, 53 anos, conseguiu estruturar uma empresa de paisagismo em seu apartamento. “O negócio se resume a um computador com internet banda larga, um telefone fixo e um celular, e minhas ideias”, diz. A Ficus Paisagismo especializou-se na criação e manutenção de arranjos naturais, vasos e jardins em empresas. São 30 clientes, entre eles Intel, Cisco e Royaltier, além de grandes escritórios de arquitetura. Seu faturamento anual é de R$ 150 mil. “Em 16 anos de atividade, nunca fechei um contrato em casa. Vou sempre ao encontro do cliente. Preciso conhecer o local onde irei trabalhar”, afirma Sandra. O único funcionário é o jardineiro, que a acompanha desde o início. Com ele se reúne uma vez por semana para afinar as tarefas. Disposta a dar identidade à marca, ela alinhou a comunicação visual da empresa, do cartão de visita ao site. Outro cuidado foi jamais misturar os ganhos e as despesas da Ficus com as da casa. Até os carros são separados. O furgão com logotipo só sai às ruas a trabalho. “Sou muito disciplinada, tenho uma agenda bem distribuída entre visitas à clientela e prospecção de novos projetos. Trabalho de qualquer lugar, até mesmo quando viajo, porque tudo está no computador”, diz.


fonte: pequenas empresas grandes negócios

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